E se nos quiosques alemães voltarem a estar à venda jornais com artigos de Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Adolf Hitler, a elogiar o seu líder e a criticar a imprensa judaica?
Segundo a BBC, é isso que está a acontecer neste momento na Alemanha, onde a polémica estalou com uma nova iniciativa – a reimpressão de jornais nazis.
Este projecto tem como objectivo ensinar os alemães acerca do seu passado e dos crimes cometidos por Hitler, não através de manuais escolares, mas de jornais da época.
No vídeo disponível no site da BBC, o jornalista Steve Rosenberg, tem nas suas mãos “Der Angriff” (O Ataque) de dia 13 de Janeiro de 1933, um jornal de propaganda nazi onde consta o referido artigo de Goebbels (que aliás se tornaria editor do jornal em 1936). O jornal não é um artigo de colecção, nem foi adquirido numa cave secreta de neo-nazis, foi comprado num comum quiosque alemão.
O responsável por esta iniciativa é Peter McGee, um editor inglês, consciente da polémica que uma incitativa destas iria provocar. “Há duas opções: uma é deixar o material trancado nos arquivos; outra é trazê-lo para a opinião e debate público. Isso está a acontecer agora, as pessoas estão a discuti-lo e é material forte”, afirmou à BBC.
Desde o fim da II Guerra Mundial que a Alemanha tem regras estritas que proíbem propaganda nazi. No entanto, os responsáveis pela reimpressão dizem que esta é uma forma de não deixar os crimes contra a humanidade perpetrados por Hitler caírem no esquecimento ou que os movimentos neo-nazis consigam distorcê-los.
Importa também referir que, além das publicações de inspiração nazi, estão também a ser reimpressos jornais da oposição que acabaram por ser fechados por Hitler.
in Público
😕
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Essas reimpressões podem ao mesmo tempo mostrar a futura geração alemã seu passado sombrio, como despertar sentimentos de ódio adormecidos. Uma aposta arriscada e muito polêmica.
É basicamente o mesmo que chegar a uma aula de História e falar em Salazar, Mussolini e personalidades do género. Trata-se de história. Quem gosta, muito bem, quem não gosta, apanha secas ou então, critica por estarmos a falar de alguém que não vale nada.
É pura história, cultura-geral. 🙂
“Há duas opções: uma é deixar o material trancado nos arquivos; outra é trazê-lo para a opinião e debate público. Isso está a acontecer agora, as pessoas estão a discuti-lo e é material forte”
Quando afirmam isto, deduzo mesmo que seja neste sentido que estejam a “destapar” o véu. Portanto, apoio a iniciativa. Agora, também depende da moral de cada um. Acho que, nos dias de hoje, ninguém ia ver estes artigos como incentivo para actos de vandalismo/genocídio, etc, como sabemos que foi naquela época.
PS:
G:
A questão é que, por ser presidente, têm que manter a sua segurança da melhor forma possível. Uma das medidas, é retirar tudo o que é novas tecnologias que permitam identificar o paradeiro do presidente. 😉
iPods, telemóveis, Internet (e-mail, etc), são meios muito “fáceis” para se chegar lá. 🙂 (obviamente para quem domina estas tecnologias)
Cumprimentos
Esse tipo de coisa acho válida quando se tem como objetivo trazer rodas de discussões e debates acerca da história, até porque, por incrível que pareça, tem gente que ainda insiste em dizer que o holocausto não existiu.
Iniciativa interessante. Igual àquela de impedirem que Auschwitz fosse deitada abaixo. É louvável que revolvamos o lodo do fundo justamente para que ele não volte a dominar.
Acredito que é muito mais importante falar sobre o holocausto que os judeus estão cometendo contra os povos Arabes que sobre esse holocausto que ja se tornou coisa do passado e está morto.
O holocausto atual pelo que me consta esta acontecendo na Faixa de Gaza……….onde dai eu pergunto: será que algum Israelense irá ser punido??
Com o conhecimento de Der Angriff a nova geração poderá ter grandes informações sobre os Norte Americanos e seus aliados esraelenses, sobre seus intuitos de conquistarem o mundo na qual eles mesmos destroem!!!!