«Burquíni»: o biquíni muçulmano

A versão “fashion” do fato de banho utilizado pelas mulheres muçulmanas, inspirado na “burca”, fato que as cobre da cabeça aos pés, por questões culturais e religiosas, pode chegar a Portugal já no próximo Verão.

Em declarações à Agência Lusa, Dorelies Woortman, proprietária da empresa holandesa responsável pela distribuição na Europa do designado “burquíni” – associação entre as expressões portuguesas “burca” e “biquíni” (traje de banho com apenas duas peças) -, disse esperar que, até ao Verão deste ano, as muçulmanas portuguesas ou a residir no país e outras mulheres eventualmente interessadas e apreciadoras da peça já possam comprar estes fatos de banho em Portugal.

Confortáveis, impermeáveis, 100 por cento poliéster, resistentes ao cloro, fáceis de usar e coloridos, os fatos de banho incluem uma túnica com capuz e umas calças, que apenas deixa a descoberto a cara, as mãos e os pés.

Os fabricantes informam que o capuz serve como “hijab” (véu usado pelas muçulmanas para cobrir a cabeça), que pode ser retirado, deixando a cara e parte da cabeça exposta, em função do gosto de quem o veste.

O “burquíni” foi criado pela australiana de origem libanesa Aheda Zanetti, que pensou nas muçulmanas mais activas que gostam de praticar desporto e ir até à praia ou à piscina, sem que para isso tenham de desrespeitar os seus valores religiosos e culturais.

Ahiida, nome da empresa de Zanetti, exporta a partir da Austrália para todo o mundo, sendo que a empresa retalhista que possui os direitos de venda na Europa é a holandesa Woortman Sportswear.

Em contacto telefónico, Dorelies Woortman, dona da empresa que possui a patente do produto em território europeu, que se encontra há seis meses no mercado, vaticinou à Lusa que, em breve, os “burqinis” – grafia original da marca, sem `u` a seguir ao `q` e sem acento no primeiro `i` – também chegarão a Portugal.

“Estamos ansiosos por começar o negócio em Portugal”, afirmou Woortman, assegurando que a partir do corrente mês de Março começará a enviar “press releases” a vários órgãos de comunicação de diversos países europeus, incluindo Portugal, com o objectivo de divulgar e implementar este produto em lojas desses mesmos países.

Dorelies Woortman disse que o seu principal desejo é que este Verão os “burquínis” já estejam disponíveis em lojas portuguesas.

A expansão do negócio passa pela venda de “burquínis” directamente ao público, uma vez que, actualmente, quem quiser adquirir um exemplar destes fatos de banho somente poderá fazê-lo através do site da empresa “woortmansportswear.com“.

Até agora, apenas uma portuguesa (ou residente em Portugal) comprou um “burquíni” a partir da página da Internet. O modelo escolhido foi o “Slim Fit”, que custou 145 euros.

Os “burquínis” encontram-se disponíveis em três modelos (Modest-Fit, Active-Fit e Slim-Fit) e em diversas cores, com um preço que oscila entre os 137,50 e os 150 euros, informou Woortman.

Uma verdadeira revolução para muitas muçulmanas, estes fatos de banho estão também a interessar mulheres não muçulmanas, como já acontece nos Estados Unidos, onde cristãs conservadoras, ou vítimas de queimaduras ou senhoras com mais idade estão a aderir à “moda” dos “burquínis”, segundo o site norte-americano Times Magazine.

O mesmo aconteceu na Austrália, país de origem destes “novos” fatos de banho, que venceu várias barreiras culturais para permitir o uso de “burquínis” a nadadoras-salvadoras muçulmanas.

in RTP


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12 pensamentos sobre “«Burquíni»: o biquíni muçulmano

  1. Os ocidentais estão acostumados a ver o corpo da mulher por inteiro e quando não conseguem ver peitos e bundas ficam horrorizados, eu pergunto isso é libertação? mulheres se submetendo a cirurgias corretivas para poderem sair de casa sem se sentir um monstro por que não pertencem aos padrões de beleza estabelecidos me midia.
    Nó muçulmana temos o orgulho de serem apreciadas pelo nosso coração do que pela beleza que é dita pela moda e é passageira.

  2. correção :

    Os ocidentais estão acostumados a ver o corpo da mulher por inteiro e quando não conseguem ver peitos e bundas ficam horrorizados, eu pergunto isso é libertação? mulheres se submetendo a cirurgias corretivas para poderem sair de casa sem se sentir um monstro por que não pertencem aos padrões de beleza estabelecidos pela midia.
    Nós muçulmanas temos o orgulho de serem apreciadas pelo nosso coração e não pela beleza que é dita pela moda e é passageira.

  3. Concordo plenamente com a Lindsay !!!
    Nao sou mulçumana, mas me interesso muito pela religia por causa de uma amigo meu egipcio, e sabe, eu sinceramente acho que esta na hora de as mulheres deixarem de serem vista como objeto sexual, tendo sempre q ser sexy, “bonita” jah cansei de ver mulheres sendo traidas pelos maridos e namorados por causa do corpo.

  4. a liberdade está em nossos corações não em nossa forma maneira de se vestir. E fala serio ficamos muito mais lindas onde passamos causamos admiração e ñ espanto

  5. a liberdade está em nossos corações não em nossa forma maneira de se vestir. E fala serio ficamos muito mais lindas onde passamos causamos admiração e ñ espanto

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